Trabalhadores de enfermagem que atuam em centro cirúrgico sentem dor musculoesquelética

Autores

  • Carmen Cristiane Schultz Mestre em Atenção Integral à Saúde pela Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)/Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Analista enfermeira fiscal do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul – Santa Rosa (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9989-1277
  • Milena Bernardi de Freitas Graduada em Enfermagem pela UNIJUÍ. Enfermeira na Associação Hospital de Caridade de Ijuí – Ijuí (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9986-6896
  • Loretta Vercelino Discente do curso de graduação em Enfermagem da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0245-2292
  • Patrícia Treviso Pós-doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente dos programas de graduação e de pós-graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5015-6797
  • Christiane de Fátima Colet Doutora em Ciências Farmacêuticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2023-5088
  • Eniva Miladi Fernandes Stumm Doutora em Ciências pela UNIFESP. Docente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6169-0453

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202100040006

Palavras-chave:

Enfermagem, Centro Cirúrgico, Dor, Dor Musculoesquelética

Resumo

Objetivo: Avaliar a intensidade da dor musculoesquelética e as regiões anatômicas comprometidas referidas por profissionais de enfermagem
atuantes em um centro cirúrgico hospitalar. Método: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, desenvolvido com profissionais de enfermagem que
atuam no centro cirúrgico de um hospital geral. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2019 e março de 2020, mediante aplicação de questionário sociodemográfico, laboral e clínico, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e Escala Numérica de Avaliação da Dor. Resultados:
Participaram do estudo 25 profissionais de enfermagem. A maioria é mulher, na faixa etária de 31 a 40 anos, casada e com filhos. As regiões anatômicas
mais acometidas pela dor musculoesquelética no último ano foram lombar, tornozelos e pés, ombros e pescoço, e, nos últimos sete dias, o maior percentual de dor foi na região lombar. Apenas pequena parcela dos trabalhadores referiu não sentir dor nos últimos dias. Conclusão: A dor referida pelos
participantes compromete suas atividades laborais. A intensidade da dor expressa sofrimento profissional, com risco de cronificação e desencadeamento
de outras patologias, até mesmo autoimunes.
Palavras-chave: Enfermagem. Centros cirúrgicos. Dor. Dor musculoesquelética.

Biografia do Autor

Carmen Cristiane Schultz, Mestre em Atenção Integral à Saúde pela Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)/Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Analista enfermeira fiscal do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul – Santa Rosa (RS), Brasil.

Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde UNICRUZ/UNIJUÍ. Analista Enfermeira Fiscal do Conselho Regional de Enfermagem do RS.

Milena Bernardi de Freitas, Graduada em Enfermagem pela UNIJUÍ. Enfermeira na Associação Hospital de Caridade de Ijuí – Ijuí (RS), Brasil.

Graduanda em Enfermagem pela UNIJUÍ, Ijuí/RS

Loretta Vercelino, Discente do curso de graduação em Enfermagem da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil.

Graduanda em Enfermagem pela UNIJUÍ, Ijuí/RS

Patrícia Treviso, Pós-doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente dos programas de graduação e de pós-graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Porto Alegre (RS), Brasil.

Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Docente do curso de graduação em Enfermagem (IPA) e UNISINOS. Docente e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Enfermagem da UNISINOS. Porto Alegre/RS.

Christiane de Fátima Colet, Doutora em Ciências Farmacêuticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil.

Farmaceutica, Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre. Docente do Departamento de ciencias da Vida (DCVida) - UNIJUÍ, do Programa de Mestrado em Sitemas Ambientais e Sustentabilidade - UNIJUÍ, e do Programa de Mestrado em Atenção Integral a Saude -UNIJUÍ/UNICRUZ e Coordenadora do curso de farmácia da UNIJUÍ.

Eniva Miladi Fernandes Stumm, Doutora em Ciências pela UNIFESP. Docente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da UNIJUÍ – Ijuí (RS), Brasil.

Enfermeira, Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Docente de graduação em Enfermagem e de Pos Graduação Lato sensu em UTI, CC, RPA e CME e em Saúde Mental. Atua também na Pos  Stricto Sensu, Mestrado em Atenção Integral a Saúde- PPGAIS e  Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade -PPGSAS.

Referências

Freitas JRS de, Lunardi Filho WD, Lunardi VL, Freitas K da SS de. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em profissionais de enfermagem de um hospital universitário. Rev Eletrônica Enferm. 2009;11(4):904. http://revistas.ufg.emnuvens.com.br/fen/article/view/5240

Saçala R, Luvizotto J do R, Oselame GB, Neves EB. Distúrbios osteomusculares relacionados ao processo de trabalho no atendimento pré-hospitalar. Rev Universidade Vale Rio Verde. 2017;15(2). http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/3085

Silva I, Alves N, Nogueira M, Mendonça R, Alves F, Alves A, et al. Incidência dos sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho da equipe de enfermagem do Hospital Santa Gemma/AFMBS. Rev Eletrônica Fac Montes Belos . 2016;9(2). http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/223

Maciel Júnior EG, Trombini-Souza F, Maduro PA, Mesquita FOS, Silva TFA da. Self-reported musculoskeletal disorders by the nursing team in a university hospital. BrJP. 2019;2(2):155–8. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2595-31922019000200155&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Almeida CG da STG de, Fernandes R de CP. Distúrbios musculoesqueléticos em extremidades superiores distais entre homens e mulheres: resultados de estudo na indústria. Rev Bras Saúde Ocupacional. 2017;42. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0303-76572017000100202&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Sanchez HM, Gusatti N, Sanchez EG de M, Barbosa MA. Incidência de dor musculoesquelética em docentes do ensino superior. Rev Bras Med Trab. 2013;11(2):66–75. http://www.rbmt.org.br/details/70/pt-BR/incidencia-de-dor-musculoesqueletica-em-docentes-do-ensino-superior

Magnago TSB de S, Lisboa MTL, Griep RH, Kirchhof ALC, Guido L de A. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbio musculoesquelético em trabalhadores de enfermagem. Rev Lat Am Enfermagem. 2010;18(3):429–35. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-11692010000300019&lng=es&nrm=iso&tlng=en

Magnago TSB de S, Lisboa MTL, Souza IE de O, Moreira MC. Distúrbios musculo-esqueléticos em trabalhadores de enfermagem: associação com condições de trabalho. Rev Bras Enferm. 2007;60(6):701–5. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-71672007000600015&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Moen BE, Wieslander G, Bakke JV, Norbäck D. Subjective health complaints and psychosocial work environment among university personnel. Occup Med. 2013;63(1):38–44. https://doi.org/10.1093/occmed/kqs188

Silva MR da. Constrangimentos ergonômicos em profissionais de enfermagem: contribuições da Ergonomia em centro cirúrgico. [Mestrado Profissional Em Ergonomia]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2018. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32862

Silva MC de A. Queixas osteomusculares, fatores de riscos psicossociais e organizacionais que afetam a saúde dos profissionais de enfermagem da central de materiais e esterilização de um hospital universitário. [Mestrado Profissional Em Ergonomia]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2018. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32141

DATASUS. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde [Internet]. [citado 6 de janeiro de 2021]. Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/

Nascimento JCC do. Avaliação da dor em paciente com câncer em cuidados paliativos a luz da literatura. Saúde Ciênc Em Ação. 2017;3(1):11–26. https://revistas.unifan.edu.br/index.php/RevistaICS/article/view/329

Barros ENC, Alexandre NMC. Cross-cultural adaptation of the Nordic musculoskeletal questionnaire. Int Nurs Rev. 2003;50(2):101–8. 10.1046/j.1466-7657.2003.00188.x

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012 [Internet]. [citado 5 de janeiro de 2021]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Brito CF, Pinheiro LMG. Caracterização do desconforto físico relacionado à ergonomia em profissionais de enfermagem do centro cirúrgico. Rev Enferm Contemp. 2017;6(1):20–9. https://www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/1137

Schmidt DRC, Dantas RAS. Qualidade de vida no trabalho e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho entre profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2012;25(5):701–7. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000500009&lng=pt&tlng=pt

Moura MI, Martins MM, Ribeiro O, Gomes B. Estilos de vida dos enfermeiros e queixas musculoesqueléticas. Supl Digit Rev ROL Enferm. 2020;43(1):189–95. https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/31422/1/189-195.pdf

Gomes L de C, Dutra KE, Pereira AL de S. O enfermeiro no gerenciamento do centro cirúrgico. Rev Eletrônica Fac Metodista Granbery. 2014;(16). http://re.granbery.edu.br/artigos/NTEy.pdf

Vidor C da R, Mahmud MAI, Farias LF, Silva CA, Ferrari JN, Comel JC, et al. Prevalence of musculoskeletal pain among nursing surgery teams. Acta Fisiátrica. 2014;21(1):6–10. https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103819

Cargnin ZA, Schneider DG, Vargas MA de O, Schneider IJC, Cargnin ZA, Schneider DG, et al. Atividades de trabalho e lombalgia crônica inespecífica em trabalhadores de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2019;32(6):707–13. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-21002019000600707&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Sousa F das CA, Tinoco KF, Siqueira HDS, Oliveira EH de, Silva WC da, Rodrigues LA de S. Lesões músculo esqueléticas relacionadas ao trabalho da enfermagem. Res Soc Dev. 2020;9(1):e78911656–e78911656. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7342223

Oliveira ALG, Azevedo AD de, Souza AS de. Riscos e doenças ocupacionais que acometem a equipe de enfermagem do centro cirúrgico. Rev trab acadêmicos - universo campos goytacazes. 2018;1(10). http://www.revista.universo.edu.br/index.php?journal=1CAMPOSDOSGOYTACAZES2&page=article&op=view&path%5B%5D=5966

Valente GSC, Souza AS de, Ferreira LHF, Silva AH. Occupational diseases: absenteeism for the prevalence of pain in the musculoskeletal system in nursing professionals working in the surgical center. Rev Enferm UFPE Line. 2010;4(4):1669–74. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/6348

Publicado

2022-04-08

Como Citar

Schultz, C. C., Freitas, M. B. de, Vercelino, L., Treviso, P., Colet, C. de F., & Stumm, E. M. F. (2022). Trabalhadores de enfermagem que atuam em centro cirúrgico sentem dor musculoesquelética. Revista SOBECC, 26(4). https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202100040006

Edição

Seção

Artigos Originais