Dor em UTI: Prevalência e características da queixa dos pacientes

Autores

  • Cláudia Cylene de Souza Meireles Enfermeira; especialista em Enfermagem em Cuidados Intensivos
  • Sabrina Francisca Sena Gomes Enfermeira; especialista em Enfermagem em Cuidados Intensivos
  • Simone Lopes Bezerra Enfermeira; especialista em Enfermagem em Cuidados Intensivos.
  • Soraya Corrêa Soares Enfermeira; especialista em Enfermagem em Cuidados Intensivos
  • Dálete Delalibera Corrêa de Faria Mota Enfermeira; mestre em Enfermagem na Saúde do Adulto; doutoranda em Enfermagem na Saúde do Adulto pelo Programa de Pós­ Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da USP ( EEUSP); bolsista da Capes .
  • Cibele Andrucioli de Mattos Pimenta Enfermeira; mestre em Enfermagem na Saúde do Adulto; doutoranda em Enfermagem na Saúde do Adulto pelo Programa de Pós­ Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da USP ( EEU SP); bolsista da Capes .

Palavras-chave:

dor aguda, UTI, analgesia.

Resumo

Este estudo, quantitativo e transversal, identificou a prevalência e as características da dor, além do tipo de analgesia utilizado em pacientes de duas Unidades de Terapia Intensiva (UTls) de São Paulo, nas quais avaliamos todos os indivíduos internados durante o período de 42 dias. Reali­ zamos entrevistas com 65 doentes que atenderam aos critérios de inclusão, dos quais 51 (78,5%) referiram dor. Desse grupo, 49 pessoas (7 7%) relataram o sintoma nas 2 4 horas anteriores à entrevista, 31 ( 48%), no momento da abordagem e 30 ( 46%), nas duas situações. Verificamos que 43% dos pacientes que apresentavam a queixa álgica durante a entrevista haviam recebido analgésicos nas seis horas anteriores - portanto, não tinham experi­ mentado alívio mesmo após a adminis­ tração dos medicamentos. Ouanto à intensidade da dor nas últimas 2 4 horas antes do nosso contato, 23% dos doentes consideraram-na moderada e 41 %, intensa. O local da queixa mais mencionado pelos pacientes foi o da intervenção cirúrgica ( 42%). Constata­ mos que a dor em UTI é freqüente e de intensidade significativa e que a prescrição de analgésicos se mostra insuficiente.

Referências

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Publicado

2006-12-31

Como Citar

Meireles, C. C. de S., Gomes, S. F. S., Bezerra, S. L., Soares, S. C., Mota, D. D. C. de F., & Pimenta, C. A. de M. (2006). Dor em UTI: Prevalência e características da queixa dos pacientes. Revista SOBECC, 11(4), 37–41. Recuperado de https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/338

Edição

Seção

Artigos Originais