Retenção de objetos intracavitários em procedimentos cirúrgicos: medidas de segurança propostas por enfermeiros especialistas
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202227777Palavras-chave:
Corpos Estranhos, Período Intraoperatório, Enfermagem Perioperatória, Segurança do Paciente, Time Out na Assistência à Saúde.Resumo
Objetivo: descrever medidas propostas por enfermeiros especialistas em centro cirúrgico para reduzir o risco de retenção de objetos intracavitários em procedimentos cirúrgicos Método: estudo qualitativo. Dados oriundos de reunião científica realizada em 2019, acerca da retenção de objetos intracavitários. Participaram enfermeiros especialistas em CC, divididos aleatoriamente em quatro grupos. Indisponibilidade para participar da reunião na íntegra considerou-se critério de exclusão. Compuseram o corpus de dados: gravação da reunião e registros dos grupos. Procedeu-se análise temática. Seguiu-se Resolução nº 466/2012. Resultados: participaram 19 enfermeiros de seis estados brasileiros, maioria mulheres. Medidas propostas pelos participantes do estudo, visando diminuir a retenção de objetos intracavitários: promover educação permanente e multiprofissional; estabelecer e seguir boas práticas institucionais; seguir protocolo de cirurgia segura; atuar de forma integrada à equipe do serviço de esterilização; fazer uso de processos e tecnologias que contribuem para ampliar a segurança do paciente; realizar contagem de instrumental e material cirúrgico; fortalecer o trabalho interdisciplinar. Conclusão: medidas para reduzir a retenção de objetos intracavitários incluem educação permanente, trabalho interdisciplinar e multisetorial, seguimento de fluxos e protocolos que visem a segurança do paciente.
Referências
Association of Operating Room Nurses. Guidelines for perioperative practice. Denver: AORN; 2019.
Grazziano ES, Peniche ACG, Palazzo S. Retenção de objetos estranhos em sitio cirúrgico: ainda ocorre? SOBECC. 2011;16(3). Disponível em: https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/205
Steelman VM. Retained surgical items: evidence review and recommendations for prevention. AORN J. 2019;110(1):92-6. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1002/aorn.12740
Cima RR, Kollengode A, Garnatz J, Storsveen A, Weisbrod C, Deschamps C. Incidence and characteristics of potential and actual retained foreign object events in surgical patients. 2008;207(1):80-7. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1016/j.jamcollsurg.2007.12.047
The Joint Comission. Preventing unintended retained foreign objects. Sentinel Event Alert. 2019;(51). Disponível em: https://www.jointcomission.org/-/media/tjc/documents/resources/patient-safety-topics/sentinel-event/sea_51_urfos_10_17_13_final.pdf
Stawicki SPA, Moffatt-Bruce SD, Ahmed HM, Ellison EC, Steinberg SM, Cook CH et al. Retained surgical items: a problem yet to be solved. J Am Coll Surg. 2013;216(1):15-22. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1016/j.jamcollsurg.2012.08.026
Birolini DV, Rasslan S, Utiyama EM. Retenção inadvertida de corpos estranhos após intervenção cirúrgica. Rev Col Bras Cir. 2016;43(1):12-7. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/0100-69912016001004
Mendes PJA, Araújo KCGS, Morgan PE. Atuação do enfermeiro na prevenção de eventos adversos no centro cirúrgico utilizando a SAEP. BIUS. 2020;19(13). Disponível em: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/7661
Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material de Esterilização. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7. ed. Revisada e atualizada. São Paulo: Manole; 2017.
Sagawa MR, Silva AEBC, Lima JC, Bezerra ALQ, Costa NN, Sousa MRG et al. Análise de circunstâncias notificáveis: incidentes que podem comprometer a segurança dos pacientes. Cogitare Enferm. 2019;24. Disponível em: https://dx.doi.org/10.5380/ce.v24i0.61984
Lemos GC, Azevedo C, Bernardes MFVG, Ribeiro HCTC, Menezes AC, Mata LRF. A cultura de segurança do paciente no âmbito da enfermagem: reflexão teórica. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro 2018;8. Disponível em: https://doi.org/10.19175/recom.v8i0.2600
World Health Organization. World alliance for patient safety. The second global patient safety challenge. Safe surgery saves lives. Genebra: WHO; 2010. Disponível em: https://www.who.int/patientsafety/safesurgery/knowledge_base/SSSL_Brochure_finalJun08.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2014.
Santos EA, Domingues NA, Eduardo AHA. Lista de verificação para segurança cirúrgica: conhecimento e desafios para a equipe do centro cirúrgico. Enferm Actual Costa Rica. 2020;(38):75-88. Disponível em: https://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0i38.37285
Silva PHA, Conde MBC, Martinasso PF, Maltempi RP, Jacon JC. Cirurgia segura: análise da adesão do protocolo por médicos e possível impacto na segurança do paciente. Rev Col Bras Cir. 2020;47:e20202429. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/0100-6991e-20202429
Poveda VB, Lemos CS, Lopes SG, Pereira MCO, Carvalho R. Implementação de checklist de segurança cirúrgica no Brasil: estudo transversal. Rev Bras Enferm. 2021;74(2):e20190874. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0874
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Patrícia Treviso, Mariana da Silva de Siqueira, Andressa Zimmermann Corso de Souza, Talitha Peralta, Marcia Cristina de Oliveira Pereira, Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista SOBECC, os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY 4.0), aceitando assim os termos e condições desta licença. A licença CC BY 4.0 permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do artigo publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito aos criadores do trabalho (autores do artigo).
Os autores concedem à Revista SOBECC o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes e/ou o trabalho na sua totalidade visando promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Com esta licença, os autores podem assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista SOBECC. Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na Revista SOBECC, visto que isso pode aumentar a visibilidade e o impacto do trabalho.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença CC BY 4.0, a qual estará visível na página de resumo e no PDF do artigo com o respectivo link para os termos da licença.