Segurança do paciente em serviços de saúde: uma análise na cidade de Salvador, Bahia
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000010004Palavras-chave:
Segurança do Paciente, Dano ao paciente, Legislação hospitalar, Garantia da Qualidade dos Cuidados de SaúdeResumo
Objetivo: Avaliar a política nacional de segurança do paciente em hospitais de grande porte de Salvador. Método: Estudo de casos múltiplos em hospitais terciários. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2017 e outubro de 2018, com profissionais dos núcleos de segurança do paciente (NSP). Foram analisadas quatro variáveis independentes: constituição dos NSP; ações de planejamento do controle dos eventos adversos (EA); atividades técnico- -operacionais desenvolvidas pelos NSP; e ações de monitoramento dos EA no hospital. Resultados: Dos 20 NSP existentes, estudaram-se 12 (60%). Todos os hospitais possuem NSP constituídos, 91,7% têm plano de segurança do paciente, e 50% contam com profissional com dedicação exclusiva. Das instituições, 58,3% implementam todos os protocolos obrigatórios, sendo identificação do paciente (83,3%) e higienização das mãos (83,3%) os mais frequentes. Os percentuais de EA identificados foram: lesão por pressão (88,9%), queda do leito (77,8%) e erros de medicamentos (75,0%). Conclusão: Os EA aqui referidos sinalizam a necessidade de adequações em prol da segurança do paciente. Os NSP não atendem totalmente às políticas regulatórias vigentes no país, carecendo, portanto, de adequações e de controle sanitário efetivo.
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