Realização do timeout pela equipe cirúrgica: facilidades e dificuldades
Palavras-chave:
Segurança do paciente. Cirurgia. Procedimentos cirúrgicos operatórios. Equipe de enfermagem. Equipe de assistência ao paciente.Resumo
Objetivo: verificar a opinião da equipe cirúrgica sobre a realização do timeout e identificar as facilidades e dificuldades para sua aplicação. Método: estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Cirúrgico de uma instituição privada de São Paulo, com 39 profissionais, por meio da aplicação de um questionário estruturado. Resultados: todos os participantes (100%) conhecem o timeout e a maioria (92,3%) reconhece sua eficácia, acredita que a aplicação traz segurança para o cliente (94,9%) e para a própria equipe. Os fatores que facilitam a aplicação do timeout são: colaboração da equipe, conhecimento, clareza e objetividade do protocolo; os que dificultam são a falta de colaboração da equipe, protocolo longo e repetitivo, e atrasos dos médicos e das cirurgias. Conclusão: a implementação do timeout é um desafio para a instituição e para a equipe, porém o protocolo contribui para redução de riscos e de eventos adversos, proporcionando segurança ao cliente.
Referências
Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS. Aliança mundial para a segurança do paciente - Segundo desafio global para a segurança do paciente. Cirurgias seguras salvam vidas [internet]. Brasília: OPAS; 2009 [citado 2011 Jun 7]. Disponível em: http://
pesquisa.proqualis.net/resources/000000483.
Bork AM. Metas internacionais sobre segurança do paciente. Nursing [Internet]. 2007 [citado 2012 Jul 20]. Disponível em: http://www.nursing.com.br/article.php?a=46
World Health Organization - WHO. World Health Assembly Resolution and related documents - Quality of care: patient safety (WHA55.18). 18 May 2002 [cited 2012 Apr 24]. p. 2. Available from: http://apps.who.int/gb/archive/pdf_files/WHA55/ewha5518.
pdf.
World Health Organization - WHO. Patient safety [Internet]. WHO; 2012 [cited 2011 Oct 20]. Available from: http://www. who.int/patientsafety/safesurgery/.
Joint Commission International - JCI. Facts about the universal protocol [Internet]. Washington; 2003 [citad 2011 Jul 20]. Available from: http://www.jointcommission.org/assets/1/18/
universal%20protocol%201%204%2011PDF
Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations - JCAHO. Joint Commission Internactional. Padrões de acreditações da Joint Commission International para hospitais [Internet]. 4. ed. Rio de Janeiro: Consórcio Brasileiro de Acreditação; 2010 [citado 2011 Ago 25]. Disponível em: www.jointcommissioninternational.org/.../Hospital/Fourth_Edition_
Hospital_Manual_Portuguese_Translation.pdf.
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein - SBIBAE. Identificação de sítio cirúrgico (lateralidade) e time out: prevenção de cirurgia e procedimentos invasivos em local de intervenção errado, procedimento errado ou paciente errado [Internet]. 2009 Mar [citado 2012 Mar 12]. Disponível em: http://
medicalsuite.einstein.br/diretrizes_perioperatorios_timeout.pdf.
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein - SBIBAE. Segurança em cirurgias e procedimentos invasivos – Identificação de sítio cirúrgico (lateralidade), checklist cirúrgico e time out [Internet]. 2012 Jan [citado 2012 Mar 12]. Disponível em: http:// notsv0/ISO9000/PO.NSF/JCWT/C9CEC
B1F9FFC837803256?OpenDocument.
Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo - COREN-SP. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo São Paulo - REBRAEN-SP. 10 Passos para a Segurança do Paciente. São Paulo: COREN; 2010. Passo 4, Cirurgia segura. p. 1-3.
Gomes AQF. Iniciativas para segurança do paciente difundidas pela Internet por organizações internacionais: estudo exploratório [dissertação]. Rio de Janeiro: Fundação Osvaldo Cruz; 2008 [citado 2011 Ago 10]. Disponível em: http://bases.bireme.br/
cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=goo
gle&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=53
&indexSearch=ID.
Vendramini RCR, Silva EA, Ferreira KASL, Possari JF, Baia WRM. Segurança do paciente em cirurgia oncológica: experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Rev Esc Enferm USP [Internet] 2010 Set [citado 2011 Jun 20];44(3):827-32. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artte
xt&pid=S0080-62342010000300039.
Ferraz M. A cirurgia segura: uma exigência do Século XXI. Rev Col Bras Cir 2009;36(4):281-2. PMid:20076914. http://dx.doi. org/10.1590/S0100-69912009000400001
Paiva MCMS, Paiva SAR, Berti HW. Eventos adversos: análise de um instrumento de notificação utilizado no gerenciamento de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2010;44:287-94. http://dx.doi.
org/10.1590/S0080-62342010000200007
Salman FC. A importância da realização do time-out para a segurança no período perioperatório. Anestesia Segura, Serviços Médicos de Anestesia, São Paulo. Disponível em: http://www.
anestesiasegura.com/2011/01/importancia-da-realizacao-dotime-
out.html.
Pereira BMT, Pereira AMT, Correia CS, Marttos AC Jr, Fiorelli RKA, Fraga GP. Interrupções e distrações na sala de cirurgia e trauma: entendendo a ameaça do erro humano. Rev Col Bras Cir. 2011 set-out;38(5):292-8. PMid:22124638. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-69912011000500002
Landrigan CP. Condições de trabalho e bem-estar dos profissionais de saúde: compartilhamento de lições internacionais para melhorar a segurança do paciente. J Pediatr. 2011 nov-dez;87(6):463-5.
Souza LP, Bezerra ALQ, Silva AEBC, Carneiro FS, Paranaguá TTB, Lemos LF. Eventos adversos: instrumento de avaliação do desempenho em centro cirúrgico de um hospital universitário. Rev. Enferm. UERJ. 2011 jan-mar;19(1):127-33. Disponível em: http:// www.facenf.uerj.br/v19n1/v19n1a21.pdf.
Badessa GG. Anestesia 4º passo: time out (check-list de cirurgia segura). Anestesia Segura, Serviços Médicos de Anestesia, São Paulo. Disponível em: http://www.anestesiasegura.
com/2010_06_01_archive.html.
Harada MJCS, Pedreira MLG, Peterlini MAS, Pereira SR, organizadores. O erro humano e a segurança do paciente. São Paulo: Atheneu; 2006.
Lima LF, Leventhal LC, Fernandes MPP. Identificando os riscos do paciente hospitalizado. Einstein. 2008;6(4):434-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao publicar na Revista SOBECC, os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY 4.0), aceitando assim os termos e condições desta licença. A licença CC BY 4.0 permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do artigo publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito aos criadores do trabalho (autores do artigo).
Os autores concedem à Revista SOBECC o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes e/ou o trabalho na sua totalidade visando promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Com esta licença, os autores podem assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista SOBECC. Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na Revista SOBECC, visto que isso pode aumentar a visibilidade e o impacto do trabalho.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença CC BY 4.0, a qual estará visível na página de resumo e no PDF do artigo com o respectivo link para os termos da licença.