Realização do timeout pela equipe cirúrgica: facilidades e dificuldades

Autores

  • Glaucia Stein Martins Enfermeira. Graduada pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE).
  • Rachel de Carvalho Enfermeira. Especialista em Cardiologia e Centro Cirúrgico. Mestre e Doutora em Enfermagem. Escola de Enfermagem da USP. Docente dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação da FEHIAE. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação da FEHIAE.

Palavras-chave:

Segurança do paciente. Cirurgia. Procedimentos cirúrgicos operatórios. Equipe de enfermagem. Equipe de assistência ao paciente.

Resumo

Objetivo: verificar a opinião da equipe cirúrgica sobre a realização do timeout e identificar as facilidades e dificuldades para sua aplicação. Método: estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Cirúrgico de uma instituição privada de São Paulo, com 39 profissionais, por meio da aplicação de um questionário estruturado. Resultados: todos os participantes (100%) conhecem o timeout e a maioria (92,3%) reconhece sua eficácia, acredita que a aplicação traz segurança para o cliente (94,9%) e para a própria equipe. Os fatores que facilitam a aplicação do timeout são: colaboração da equipe, conhecimento, clareza e objetividade do protocolo; os que dificultam são a falta de colaboração da equipe, protocolo longo e repetitivo, e atrasos dos médicos e das cirurgias. Conclusão: a implementação do timeout é um desafio para a instituição e para a equipe, porém o protocolo contribui para redução de riscos e de eventos adversos, proporcionando segurança ao cliente.

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Publicado

2014-03-31

Como Citar

Martins, G. S., & Carvalho, R. de. (2014). Realização do timeout pela equipe cirúrgica: facilidades e dificuldades. Revista SOBECC, 19(1), 18–25. Recuperado de https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/49

Edição

Seção

Artigos Originais