Processamento de cabos de laringoscópio: revisão integrativa

Autores

  • Camila Quartim de Moraes Bruna Enfermeiro(a). Doutor(a). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
  • Rafael Queiroz de Souza Enfermeiro(a). Doutor(a). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
  • Alda Graciele Claudio dos Santos Almeida Enfermeira. Mestre. Escola de Enfermagem da USP.
  • Karina Suzuki Enfermeiro(a). Doutor(a). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
  • Ruth Natália Tereza Turrini Enfermeira. Livre Docente. Escola de Enfermagem da USP
  • Kazuko Uchikawa Graziano Enfermeira. Livre Docente. Escola de Enfermagem da USP

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201600010006

Palavras-chave:

Laringoscópios. Desinfecção. Classificação.

Resumo

Objetivo: Estudo de revisão integrativa da literatura científica com base na seguinte questão norteadora: “Qual o tipo de processamento necessário para a segurança do reuso do cabo de laringoscópio?”. Método: Foi realizada uma revisão integrativa utilizando os portais e as bases Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science e CINAHL. Resultado: Foram identificados sete estudos experimentais cujos resultados demonstraram indefinição da classificação do cabo de laringoscópio quanto ao risco de causar infecção, comprovada pela diversidade de métodos de processamento. Conclusão: Conclui-se que os cabos de laringoscópio não podem ser considerados materiais independentes das lâminas e, portanto, são materiais semicríticos. Levando-se em conta a carga microbiana e orgânica identificada nesta revisão, o processamento mínimo recomendado é a limpeza seguida de desinfecção de alto nível. Um inventário pequeno e a falta de acesso às tecnologias para processamento não são razões aceitáveis para recomendações improvisadas, evitando assim a certificação e propagação de más práticas. Palavras-chave: Laringoscópios. Desinfecção. Classificação Objetivo: Estudo de revisão integrativa da literatura científica com base na seguinte questão norteadora: “Qual o tipo de processamento necessário para a segurança do reuso do cabo de laringoscópio?”. Método: Foi realizada uma revisão integrativa utilizando os portais e as bases Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science e CINAHL. Resultado: Foram identificados sete estudos experimentais cujos resultados demonstraram indefinição da classificação do cabo de laringoscópio quanto ao risco de causar infecção, comprovada pela diversidade de métodos de processamento. Conclusão: Conclui-se que os cabos de laringoscópio não podem ser considerados materiais independentes das lâminas e, portanto, são materiais semicríticos. Levando-se em conta a carga microbiana e orgânica identificada nesta revisão, o processamento mínimo recomendado é a limpeza seguida de desinfecção de alto nível. Um inventário pequeno e a falta de acesso às tecnologias para processamento não são razões aceitáveis para recomendações improvisadas, evitando assim a certificação e propagação de más práticas. Palavras-chave: Laringoscópios. Desinfecção. Classificação

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Publicado

2016-06-08

Como Citar

Bruna, C. Q. de M., Souza, R. Q. de, Almeida, A. G. C. dos S., Suzuki, K., Turrini, R. N. T., & Graziano, K. U. (2016). Processamento de cabos de laringoscópio: revisão integrativa. Revista SOBECC, 21(1), 37–45. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201600010006

Edição

Seção

Artigos de Revisão