Avaliação de danos em nasofibroscópio flexível desinfetado com ácido peracético
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201700030003Palavras-chave:
Desinfecção, Tecnologia de fibra óptica, Endoscópios, Avaliação de danosResumo
Objetivo: Avaliar a ocorrência de possíveis danos em nasofibroscópios causados pela desinfecção em ácido peracético. Método: Pesquisa aplicada.
Três nasofibroscópios novos, submetidos à desinfecção com ácido peracético, foram acompanhados e fotografados em microscópio esteroscópio, ao longo
de 18 meses, para avaliar o comportamento do polímero e da fibra do nasofibroscópio, relacionado ao uso desse desinfetante. Houve capacitação das equipes
de enfermagem e médica com ênfase no manuseio correto e no processamento seguro das fibras. Resultados: As fibras foram analisadas e fotografadas regularmente,
durante o período do estudo, totalizando 3.979 usos. Foi observado, em todas as fibras, craquelamento do excedente de material adesivo em torno
da área de vedação das fibras, sem comprometimento funcional. Um nasofibroscópio flexível (NFF), após mais de 2.000 usos, apresentou fissuras superficiais
na cobertura da ponta distal da fibra, sem, contudo, comprometer o teste de vedação. Conclusão: O ácido peracético, na formulação utilizada e no período
estudado, não causou danos funcionais ou oxidação nos NFFs, apesar de o fabricante recomendar a desinfecção por solução de aldeídos.
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