Fumaça cirúrgica no intraoperatório: medidas de segurança ocupacional propostas por enfermeiros especialistas
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202100040005Palavras-chave:
Fumaça, Eletrocoagulação, Saúde do Trabalhador, Tecnologia Biomédica, Período IntraoperatórioResumo
Objetivo: Descrever medidas propostas por enfermeiros especialistas em centro cirúrgico (CC) para reduzir a inalação de fumaça proveniente
da eletrocoagulação no intraoperatório e melhorar a segurança ocupacional. Método: Estudo qualitativo, com dados oriundos de reunião científica com
especialistas em CC realizada em 2019, em São Paulo, com duração de uma hora, gravada em áudio, acerca da inalação de fumaça oriunda da eletrocoagulação. Participaram enfermeiros especialistas em CC, divididos aleatoriamente em quatro grupos. Considerou-se a indisponibilidade para participar da
reunião na íntegra um critério de exclusão. Compuseram o corpus de dados: gravação da reunião e registros dos grupos, e procedeu-se a análise temática.
Resultados: Participaram 21 enfermeiros de sete estados brasileiros, a maioria mulheres. Foram apontadas medidas para diminuir a inalação de fumaça
e melhorar segurança ocupacional: tecnologia para reduzir e/ou aspirar fumaça; máscara N95; sistema de exaustão de sala; estabelecimento de normativas; educação permanente. Conclusão: Medidas para reduzir a inalação de fumaça e aumentar a segurança da equipe no intraoperatório incluem tecnologias para reduzir a fumaça, uso de equipamentos de proteção individual, estabelecimento de normativas e educação permanente.
Palavras-chave: Fumaça. Eletrocoagulação. Saúde do trabalhador. Enfermagem perioperatória. Período intraoperatório.
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