Processamento de artigos para terapia ventilatória: revisão da literatura nacional

Autores

  • Maria Valdenice Lopes dos Santos Enfermeira. Graduada. Universidade de Guarulhos (UNG). Especialista em CC, RA e CME. Enfermeira do CME do Hospital São Paulo HU/UNIFESP.

Palavras-chave:

Infecção hospitalar. Desinfecção. Nebulizadores e vaporizadores. Trato respiratório. Esterilização.

Resumo

Objetivo: buscar as evidências do processamento de artigos de terapia ventilatória nas publicações nacionais de Enfermagem. Método: estudo de levantamento bibliográfico, com recorte temporal de dez anos, nas bases de dados LILACS, MEDLINE, BDENF e SciELO, em que foram analisados seis artigos científicos e 12 manuais técnicos. Resultados: tanto a literatura nacional quanto os manuais técnicos publicados recomendam, para o processamento dos artigos de assistência ventilatória, a realização da limpeza, seguida da desinfecção de alto nível pelo calor úmido em temperaturas superiores a 70 °C, pelo período de 30 minutos; a esterilização a vapor saturada sob pressão para os artigos termorresistentes ou a esterilização à baixa temperatura para os artigos termossensíveis. Conclusão: dado o número reduzido de publicações sobre o tema, as informações colhidas nos revelaram a necessidade de um melhor controle dos processos de limpeza e termodesinfecção, uma vez que as tecnologias disponíveis nos permitem chegar a um índice relevante no impacto da qualidade e da segurança do material processado.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde - MS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Manual do trato respiratório: orientações para prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde – IRAS [Internet]. Brasília; out. 2009 [acesso em 2012 Nov 17]. Disponível em: www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/manual_%20 trato_respirat%F3rio.pdf.

Brasil. Ministério da Saúde - MS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH [Internet]. Brasília; 2002 [acesso em 2012 Nov 17]. Disponível em: www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp.

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Divisão de Infecção Hospitalar. Centro de Vigilância Epidemiológica. Manual de avaliação da qualidade de práticas de controle de infecção hospitalar. São Paulo; 2006.

Arai LAC, Azevedo RB. Contaminação do aparelho de anestesia por agentes patógenos. Rev. Bras. Anestesiol. 2011;61(1):54-9.

Graziano UK, Silva A, Psaltikids EM. Enfermagem em centro de material e esterilização. Barueri: Manole; 2011.

Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde - APECIH. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH; 2010.

Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização - SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC: centro de material e esterilização, centro cirúrgico e recuperação pós-anestésica. 6. ed. São Paulo: SOBECC; 2013.

Brasil. Ministério da Saúde - MS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Informe Técnico n° 047. Glutaraldeido em estabelecimento de assistência à saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil; Brasília; mar. 2007.

Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Resolução SS n° 27, de 28 de Fevereiro de 2007. Referente às medidas do controle sobre o uso de produtos químicos nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde [Internet]. 2007 [acesso em 2012 Nov 19]. Disponível em: http:// pegasus.fmrp.usp.br/projeto/legislacao/SS-27-REP_280207.pdf.

Santana CR, Dominciano LCC, Santos MCC. Avaliação da utilização, manipulação e descarte do glutaraldeído pela equipe de enfermagem em Instituições de Saúde Pública e Privada. Rev Inst Ciênc Saúde [Internet]. 2009 [acesso em 2012 Nov 19];27(4):338-44. Disponível em: http://www3.unip.br/ comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2009/04_out_dez/V27_n4_2009_p338-344.pdf

Brasil. Ministério da Saúde - MS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada RDC Nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil; Brasília; mar. 2012.

Bergo MCNC. Avaliação do desempenho da limpeza e desinfecção das máquinas lavadoras desinfectadoras automáticas em programas com diferentes tempo e temperaturas. Rev Latino-am Enfermagem [Internet]. 2006 [acesso em 2012 Maio 12];14(5):735-41. Disponível em: file:///C:/Users/webdev73/Downloads/2356-3403-1-PB.pdf

Griep R, Picolli M. Validação dos processos de limpeza e desinfecção de artigos de inaloterapia e oxigenoterapia. Cogitare Enferm. 2002;7(2):65-73.

Andres PS, Tipple AFV, Candé TA, Barros CA, Miranda PV, Pimenta FC. Tubo de látex: esterilidade pós-reprocessamento em vapor saturado sob pressão. Rev Eletr Enf [Internet]. 2009 [acesso em 2012 Mar 16];11(2):280-5. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n2/v11n2a07.htm

Candé TA, Tipple AFV, Mendonça KM, Souza ACS, Miranda PV, Pimenta FC. Influência da limpeza na esterilidade de tubos de silicone: estudo quase experimental. Online Braz J Nurs [Internet]. 2011 [acesso em 2012 Mar 16];10(3):1-15. Disponível em: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3696

Anders PS, Tipple AFV, Pimenta FC. Kits para aerossol em um serviço de saúde: uma análise microbiológica após reprocessamento. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2008 [acesso em 2012 Jun 4];42(2):276-81. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n2/a09.pdf

Pereira LV, Alves JR, Oliveira AG, Pereira GA, Morais CA. Processamento de máscaras para aerossóis: comparação entre os sistemas centralizado e descentralizado. Nursing (São Paulo). 2002;5(51):15-9.

Downloads

Publicado

2014-06-30

Como Citar

Santos, M. V. L. dos. (2014). Processamento de artigos para terapia ventilatória: revisão da literatura nacional. Revista SOBECC, 19(2), 87–91. Recuperado de https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/63

Edição

Seção

Artigos de Revisão