Análise entre o tempo cirúrgico e as variações da temperatura e da umidade em sala de operação
Palavras-chave:
Enfermagem perioperatória. Salas cirúrgicas. Saúde do trabalhador. Infecção hospitalar.Resumo
Objetivo: Identificar as relações existentes entre o tempo cirúrgico e as variações da temperatura e da umidade do ar em sala de operação, durante procedimento cirúrgico eletivo com duração de anestesia de, no mínimo, uma hora. Método: Estudo quantitativo, prospectivo, correlacional, em que a temperatura e a umidade da sala de operação foram mensuradas com termo-higrômetro nacional, a partir da entrada do paciente na sala e a cada 20 minutos, até o final do procedimento anestésico. Resultados: Foram realizadas 718 medidas, que evidenciaram uma associação estatisticamente significante entre a temperatura e a umidade do ar da sala de operação (p=0,00), ou seja, quanto menor a temperatura de sala, menor a umidade do ar, que se manteve, em alguns momentos, abaixo do recomendado. Conclusão: A temperatura e a umidade do ambiente devem ser constantemente avaliadas, tendo em vista a saúde ocupacional dos funcionários e a xegurança da assistência ao paciente cirúrgico.
Referências
Association of periOperative Registered Nurses - AORN. Recommended practices for sterilization. In: Association of periOperative Registered Nurses - AORN. Perioperative standards and recommended practices. Denver: AORN; 2013. p. 513-40.
Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização - SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC: centro de material e esterilização, centro cirúrgico, recuperação pós-anestésica. 6. ed. São Paulo: SOBECC; 2013.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 7.256/2005. Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS). Requisitos para projeto e execução de instalações. Rio de Janeiro: ABNT; 2005.
Frankel M, Bekö G, Timm M, Gustavsen S, Hansen EW, Madsen AM. Seasonal variations of indoor microbial exposures and their relation to temperature, relative humidity, and airexchange rate. Appl Environ Microbiol. 2012;78(23):8289-97. PMid:23001651 PMCid:PMC3497365. http://dx.doi.org/10.1128/AEM.02069-12
Quadros ME, Lisboa HM, Oliveira VL, Schirmer WN. Qualidade do ar em ambientes internos hospitalares: estudo de caso e análise crítica dos padrões atuais. Eng Sanit Ambient. 2009;14(3):431-8. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522009000300017
Tang CS, Wan GH. Air quality monitoring of the post-operative recovery room and locations surrounding operating theaters in a medical center in Taiwan. PLoS One. 2013;8(4):e61093. PMid:23573296 PMCid:PMC3616048. http://dx.doi.org/10.1371/ journal.pone.0061093 7. Wan GH, Chung FF, Tang CS. Long-term surveillance of air quality in edical center operating rooms. Am J Infect Control. 2011;39(4):302-8. PMid:21256628. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajic.2010.07.006
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília, 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União; Brasília; jun. 2013 [acesso em 2013 Jul 4]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Peterson C. Table overhang; hypothermia; separating sponges; skin lacerations when scrubbing; wound classification: forced air warming. AORN J. 2003;73(1):123-31. http://dx.doi.org/10.1016/S0001-2092(06)61352-5
Poveda VB, Galvão CM, Dantas RAS. Hipotermia no período intra-operatório em pacientes submetidos a cirurgias eletivas. Acta Paul Enferm. 2009;22(4):361-6. http://dx.doi.org/10.1590/ S0103-21002009000400002
Macario A, Dexter F. What are the most important risk factor for a patient’s developing hypothermia? Anesth. Analg. 2002;94(1):215-20. PMid:11772832.12. Durel YP, Durel JB. A comprehensive review of hermoregulation and intraoperative hypothermia. Curr Rev PAN. 2000;22(5):53-64.
Balaras CA, Dascalaki E, Gaglia A. HVAC and indoor thermal conditions in hospital operating rooms. Energy Build. 2007;39:454-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2006.09.004
Smith EB, Raphael IJ, Maltenfort MG, Honsawek S, Dolan K, Younkins EA. The effect of laminar air flow and door openings on 5. PMid:23890828. http://dx.doi.org/10.1016/j.arth.2013.06.012
Hirsch T, Hubert H, Fischer S, Lahmer A, Lehnhardt M, Steinau HU, Steinstraesser L, Seipp HM. Bacterial burden in the operating room: impact of airflow systems. Am J Infect Control. 2012;40(7):e228-32. PMid:22542026. http://dx.doi. org/10.1016/j.ajic.2012.01.007
Diab-Elschahawi M, Berger J, Blacky A, Kimberger O, Oguz R, Kuelpmann R, Kramer A, Assadian O. Impact of differentsized laminar air flow versus no laminar air flow on bacterial counts in the operating room during orthopedic surgery. Am J Infect Control. 2011;39(7):e25-9. PMid:21496953. http://dx.doi. org/10.1016/j.ajic.2010.10.035
Dascalaki EG, Gaglia AG, Balaras CA, Lagoudi A. Indoor environmental quality in Hellenic hospital operating rooms. Energy Build. 2009;41:551-60. http://dx.doi.org/10.1016/j.enbuild.2008.11.023
Hellgren U, Hyvärinen M, Holopainen R, Reijula K. Perceived indoor air quality, air-related symptoms and ventilation in Finnish hospitals. Int J Occup Med Environ Health. 2011;24(1):48-56.PMid:21468902. http://dx.doi.org/10.2478/s13382-011-0011-5
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao publicar na Revista SOBECC, os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY 4.0), aceitando assim os termos e condições desta licença. A licença CC BY 4.0 permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do artigo publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito aos criadores do trabalho (autores do artigo).
Os autores concedem à Revista SOBECC o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes e/ou o trabalho na sua totalidade visando promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Com esta licença, os autores podem assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista SOBECC. Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na Revista SOBECC, visto que isso pode aumentar a visibilidade e o impacto do trabalho.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença CC BY 4.0, a qual estará visível na página de resumo e no PDF do artigo com o respectivo link para os termos da licença.