Incidência de infecção de sítio cirúrgico em hospital dia: coorte de 74.213 pacientes monitorados
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201900040006Palavras-chave:
Infecção da ferida cirúrgica. Hospital dia. Segurança do paciente.Resumo
Objetivos: Descrever a incidência de infecção do sítio cirúrgico (ISC) em seguimento após alta em hospital dia (HD) e comparar esses indicadores com dados de hospitais convencionais. Método: Estudo de coorte histórica composto de 74.213 pacientes operados e monitorados num HD de Salvador (BA), entre 2012 e 2017. Resultados: No período estudado, o sistema de vigilância do HD monitorou 85,1% dos pacientes após a alta e foi identificada incidência total de ISC de 0,3%, com variação de 0,2 a 0,4% entre os anos, taxas estatisticamente menores do que as reportadas para ISC em regime de internação hospitalar. Conclusão: Os indicadores de ISC revelados neste estudo ratificam que a modalidade da assistência cirúrgica ambulatorial porta menor risco de aquisição de infecção para os pacientes operados, quando comparados com os dados de infecção cirúrgica de pacientes em hospitais convencionais. Entretanto, torna-se indispensável um sistema de seguimento dos pacientes após a alta, no sentido de evitar a subnotificação e os sub-registros dos dados de ISC, pois na ausência de ambos se podem ocultar riscos e identificar taxas irreais
Referências
Center for Disease Control and Prevention. National Healthcare Safety Network. NHSN Patient Safety Component Manual. Surgical Site Infection Event. Disponível em: https:www.cdc.gov/nhsn/pdfs/validation/2017/pcsmanual_2017.pdf. Acesso em 05.02.2018.
World Health Organization. Global Guidelines for the Prevention of Surgical Site Infection. Geneva: OMS, 2016.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Volume 2. 2ª. Ed. Brasília: ANVISA;2017.
Badia JM, Casey AL, Petrosillo N, Hudson PM, Mitchell AS, Crosby C. Impact of surgical site infection on healthcare costs and patient outcomes: a systematic review in six European countries. Journal oh Hospital Infection 2017;96:1-15.
dos Reis RG, Rodrigues MCS. Infecção do sítio cirúrgico após-alta: ocorrência e caracterização de egressos de cirurgia geral. Cogitare Enferm 2017;22(4):e51678.
de Oliveira AC, Gama CS. Avaliação da adesão às medidas para a prevenção de infecções do sítio cirúrgico pela equipe cirúrgica. Rev Esc Enferm USP 2015: 49(5):767-74.
Le Meur N, Grammatico-Guillon L, Wang S, Astagneau P. Health insurance database for post-discharge surveillance of surgical site infection following athroplasty. The Journal os Hospital Infection 2016;92(2):140-6.
Organização Mundial da Saúde – OMS. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS). Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2009.
Leblebicioglu H, Erben N., Rosenthal VD., Sener A, Uzun C, Send G. et al. Surgical site infection rates in 16 cities in Turkey: findings of the International Nosocomial Infection Control Consortium. Am J Infect Control 2015;43(1):48-52.
Singh S, Chakravarthy M, Rosenthal VD, Myatra SN, Dwivedy A, Bagasrawala I. et al. Surgical site infection rates in six cities of India: findings of the International Nosocomial Infection Control Consortium. Am Int Health 2015;7(5):354-9.
Olsen MA, Tian F, Wallace AE, Nickel KB, Warren DK, Graser VJ. Et al. Use of quantile regression to determine the impacto n total health care costs of surgical site infections following common ambulatoty procedures. Ann Surg 2016;12.
Motta NH, Bohrer CD, de Oliveira FG, Matos A, Alves DCI. Prevenção da infecção de sítio cirúrgico em hospital universitário: avaliação por indicadores. Vigil.sanit.debate 2017;5(3):92-99.
Ferraz EM, Ferraz AAB, Bacelar TS, D’Albuquerque HS, Vasconcelos MDM, Leâo CS. Controle de infecção em cirurgia geral – resultado de um estudo prospectivo de 23 anos e 42.274 cirurgias. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 2000;28(1).
Institute for Healthcare Improvement. How to guide: prevent surgical site infections. Disponível em: http://www.ihi.org/Kmowledge/Pages/Tools/Howroguidepreventsurgicalsiteinfection.aspx
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao publicar na Revista SOBECC, os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY 4.0), aceitando assim os termos e condições desta licença. A licença CC BY 4.0 permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do artigo publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito aos criadores do trabalho (autores do artigo).
Os autores concedem à Revista SOBECC o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes e/ou o trabalho na sua totalidade visando promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Com esta licença, os autores podem assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista SOBECC. Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na Revista SOBECC, visto que isso pode aumentar a visibilidade e o impacto do trabalho.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença CC BY 4.0, a qual estará visível na página de resumo e no PDF do artigo com o respectivo link para os termos da licença.