Sinais e sintomas relacionados à inalação da fumaça cirúrgica por cirurgiões
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201800040005Palavras-chave:
Cirurgiões, Sinais e sintomas, Eletrocoagulação, Saúde do trabalhador.Resumo
Objetivo: Verificar a associação entre a prevalência de sinais e sintomas relacionados à inalação da fumaça cirúrgica e o tempo de atuação desde
a formatura dos cirurgiões expostos. Método: Estudo de campo, transversal, descritivo, quantitativo. Os dados foram coletados por uma das pesquisadoras
em entrevista individual com 45 cirurgiões, com o auxílio de um instrumento contendo dados sociodemográficos e variáveis referentes aos sinais e
sintomas relacionados à inalação da fumaça cirúrgica descritos na literatura. Resultados: A amostra foi composta, em sua maioria, de cirurgiões do sexo
masculino, com prevalência da clínica de ginecologia e obstetrícia. Não houve significância estatística entre a associação dos sinais e sintomas relacionados
à inalação da fumaça e o tempo de atuação desde a formatura dos cirurgiões expostos (p>0,05). Conclusão: Houve maior prevalência dos sintomas
irritação nos olhos e sensação de corpo estranho na garganta entre os cirurgiões com mais de 30 anos na função desde a formatura; 60,0% dos cirurgiões
não acreditam que os sintomas estejam relacionados à inalação da fumaça cirúrgica. Recomenda-se, para a minimização dos sinais e sintomas, a instalação
de exaustores de fumaça em salas cirúrgicas e o uso da máscara N95 pelos trabalhadores expostos a esse risco.
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