Logística de implementação de bloco cirúrgico na floresta: atuação do enfermeiro

Autores

  • Cíntia Rachel Gomes Sales
  • Mona Luisa Sabongi
  • Valesca Nunes dos Reis
  • Aline Salheb Alves Pivatti
  • Agnês Raquel Camisão
  • Genário Kanashiro Filho

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201600030007

Palavras-chave:

Enfermagem. Logística. Centros cirúrgicos. Saúde de populações indígenas. Voluntários.

Resumo

Objetivo: Relatar a experiência de enfermeiros voluntários na Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Expedicionários da Saúde no
processo de implementação de centro cirúrgico e centro de material e esterilização de hospital de campanha em aldeia indígena na região norte do Brasil.
Método: Pesquisa descritiva, narrativa, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada entre os meses de setembro e novembro de
2015. Resultados: O processo de estruturação e implementação de um centro cirúrgico e centro de material e esterilização em áreas isoladas conteve
cinco etapas e contou com a participação e o envolvimento de enfermeiros desde o planejamento e gerenciamento das atividades até a etapa de execução.
Conclusão: O engajamento e o compromisso dos profissionais enfermeiros em todas as etapas contribuem para a garantia da segurança e da qualidade
das cirurgias realizadas no paciente indígena, por meio de um trabalho que prima pela organização, sistematização e cientificidade dos processos.

Referências

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: texto

constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as

alterações adotadas pelas Emendas constitucionais nos 1/1992 a

/2015, pelo Decreto legislativo nº 186/2008 e pelas Emendas

constitucionais de revisão nos 1 a 6/1994. 45a ed. Brasília: Câmara

dos Deputados, Edições Câmara; 2015.

Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as

condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a

organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá

outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 20 set. 1990.

Seção 1, p. 18055.

Brasil. Política nacional de atençã o à saúde dos povos indígenas.

Brasília: Fundaçã o Nacional de Saúde; 2002 [acesso em 2016 mar

, 40 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/

politica_saude_indigena.pdf>

Fior CA, Mercuri E. Formação universitária e flexibilidade curricular:

importância das atividades obrigatórias e não obrigatórias. Psicol

Educ. 2009;29:191-215.

Nunes DCG. Qual a importância do trabalho voluntário para a

sustentabilidade de organizações não-governamentais? [dissertação].

Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais.

Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas; 2009.

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) [Internet]. Resoluçã o

COFEN nº 424, de 19 de abril de 2012. Normatiza as atribuiçõ es dos

profissionais de enfermagem em Centro de Material e Esterilizaçã o

e em empresas processadoras de produtos para saúde. Brasília:

Diário Oficial da União, 23 abr. 2012. Seção 1, p. 186.

Backes DS, Backes MS, Erdmann AL , Büscher A. O papel profissional

do enfermeiro no Sistema Único de Saúde: da saúde comunitária à

estratégia de saúde da família. Ciênc Saúde coletiva. 2012;17(1):223-30.

Fonseca RMP, Peniche ACG. Enfermagem em centro cirúrgico:

trinta anos após criação do Sistema de Assistência de Enfermagem

Perioperatória. Acta Paul Enferm. 2009;22(4):428-33.

Oliveira JWB, Aquino JM, Monteiro EMLM. Promoção da saúde na

comunidade indígena Pankararu. Rev Bras Enferm. 2012;65(3):437-44.

Silva NC, Gonçalves MJF, Lopes Neto D. Enfermagem em saúde

indígena: aplicando as diretrizes curriculares. Rev Bras Enferm.

;56(4):388-91.

Braga EM, Berti HW, Risso ACMCR, Silva MJP. Relaçõ es interpessoais

da equipe de enfermagem em centro cirúrgico. Rev SOBECC.

;14(1):22-9.

Brasil. Resoluçã o RDC nº 50, de 21 fevereiro de 2002. Regulamento

técnico para planejamento, programaçã o, elaboraçã o e avaliaçã o de

projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília:

Diário Oficial da União, 20 mar. 2002.

Brasil. Resoluçã o RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre

requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para

saúde e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União,

mar. 2012. Seçã o 1, p. 43-6.

Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação

Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas

Recomendadas SOBECC. 6a ed. São Paulo: SOBECC; 2013.

Ng-Kamstra JS, Riesel JN, Arya S, Weston B, Kreutzer T, Meara JG,

et al. Surgical non-governmental organizations: global surgery’s

unknown nonprofit sector. World J Surg. 2016;40(8):1823-41.

Charities Aid Foundation. World Giving Index 2013: a global view of giving

trends [Internet]. 2013 dez [citado 2016 mar. 28]. Disponível em:

www. cafonline.org/PDF/WorldGivingIndex2013_1374AWEB.pdf>

Snyder M, Omoto AM. Volunteerism: social issues perspectives and

social policy implications. Soc Issues Policy Rev. 2008;2(1):1-36.

Ribeiro AA , Fortuna CM, Arantes CIS. Nursing work in an indigenous

support institution. Texto Contexto - Enferm. 2015;24(1):138-45.

Santos MC, Rennó CSN. Indicadores de qualidade da assistência de

enfermagem em centro cirúrgico: Revisão Integrativa da Literatura.

RAS. 2013;15(58):27-36.

Freitas NQ, Dissen CM, Sangoi TP, Beck CLC, Goulart CT, Marion R. O

papel do enfermeiro no centro cirúrgico na perspectiva de acadêmicas

de enfermagem. Rev Contexto & Saúde. 2011;11(20):1133-6.

Publicado

2016-12-02

Como Citar

Sales, C. R. G., Sabongi, M. L., dos Reis, V. N., Pivatti, A. S. A., Camisão, A. R., & Kanashiro Filho, G. (2016). Logística de implementação de bloco cirúrgico na floresta: atuação do enfermeiro. Revista SOBECC, 21(3), 162–169. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201600030007

Edição

Seção

Relatos de Experiência