Fatores Associados à infecção de sítio cirúrgico em um hospital na Amazônia Ocidental Brasileira*

Autores

  • Ana Paula Lima Aguiar Discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Acre (UFAC) e de Iniciação Científica do PIBIC.
  • Patricia Rezende do Prado Enfermeira, Especialista em UTI e Auditoria em Serviços de Saúde, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (UFAC), Professora Auxiliar de Ensino.
  • Simone Perufo Opitz Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (EERP/USP), Professora Adjunta e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (UFAC).
  • Suleima Pedroza Optiz Enfermeira, Doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP),Professora Assistente da Universidade Federal do Acre (UFAC).
  • André Ricardo Maia da Costa de Faro Enfermeiro, Especialista em Terapia Intensiva, MBA em Controle de infecção Hospitalar, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (UFAC), Professor Auxiliar de Ensino.

Palavras-chave:

Infecção hospitalar (prevenção & controle), Biossegurança, Enfermagem, Centro cirúrgico hospitalar

Resumo

Objetivo: Identificar os fatores associados à Infecção de Sitio Cirúrgico (ISC) em um Hospital de Ensino de Rio Branco (AC). Método: Estudo transversal, cuja coleta de dados incluiu todos os pacientes com ISC de duas enfermarias cirúrgicas. Resultados: do total de 2.203 pacientes, 81 apresentaram 1SC, representando prevalênciade 3,68%. As ISC incidiram predominante mente em mulheres, com idade média de 48 anos, baixa escolaridade e baixo nível sócio-econômico. As cirurgias mais frequentes relacionadas à ISC foram colecistectomia e laparotomia, em pacientes classificados com risco ASA II, apresentando hip-ertensão e diabetes como comorbidades e tricotomizados com lâmina de barbear, além de outros aspectos. À equipe de enfermagem é necessária a orientação quanto à tricotomia mais próxima dacirurgia e com tricotomizador elétrico. Aos médicos cabe a observação das cirurgias que mais ocorremISC, tempo cirúrgico, assepsia adequada, além da cultura de secreções. Conclusão: Este estudo revelou fatores predisponentes para o desenvolvimento de ISC e as ações pertinentes de intervenção da equipe cirúrgica.

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Publicado

2012-09-30

Como Citar

Aguiar, A. P. L., Prado, P. R. do, Opitz, S. P., Optiz, S. P., & Faro, A. R. M. da C. de. (2012). Fatores Associados à infecção de sítio cirúrgico em um hospital na Amazônia Ocidental Brasileira*. Revista SOBECC, 17(3), 60–70. Recuperado de https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/168

Edição

Seção

Artigos Originais