Avaliação da segurança do processamento de fresas intramedulares flexíveis Para cirurgia ortopédica

Autores

  • Rafael Queiroz de Souza Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
  • Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
  • Paulo Roberto Laranjeira Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
  • Lycia Mara Jenné Mimica Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, SP
  • Cely Barreto Silva Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP
  • Aurea Silveira Cruz Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP
  • Kazuko Uchikawa Graziano Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201700010004

Palavras-chave:

Enfermagem. Ortopedia. Esterilização.

Resumo

Objetivos: Avaliar a eficácia de um procedimento operacional padrão para limpeza de fresas intramedulares flexíveis, bem como o alcance da esterilidade, e evidenciar
a citotoxicidade da sujidade residual de uma fresa flexível utilizada na prática assistencial. Métodos: Fresas intramedulares flexíveis foram pesadas antes do processamento,
após contaminação desafio e depois da limpeza. Elas foram contaminadas com Soil Test™, suspensão de Geobacillus stearothermophilus, na concentração de
106 UFC/mL, e farinha de osso bovino. Após processamento, as amostras foram incubadas em meio de cultura por 21 dias. A sujidade residual de uma fresa utilizada
na prática foi submetida ao teste de citotoxicidade in vitro. Resultados: As amostras, embora esterilizadas, apontaram acúmulo de sujidade e o processamento foi ineficaz.
A sujidade residual apresentou efeito citotóxico. Conclusão: Recomenda-se que o design flexível das fresas seja descontinuado pela insegurança no processamento.

Biografia do Autor

Rafael Queiroz de Souza, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

Os autores declaram que não há conflitos de interesses em relação ao artigo intitulado: “Avaliação da segurança do processamento de fresas intramedulares flexíveis para cirurgia ortopédica”, submetido para apreciação na Revista SOBECC.

Declaro também que as amostras utilizadas nos ensaios foram cedidas pela empresa TechTOOLS®, fato claramente descrito nos agradecimentos do referido manuscrito para ciência dos leitores.

Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

Enfermeira, Doutoranda

Paulo Roberto Laranjeira, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

Engenheiro Elétrico, Doutorando

Lycia Mara Jenné Mimica, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, SP

Médica, Profa Doutora, Prof. Associada - Disciplina de Microbiologia. Depto Ciências Patológicas

Cely Barreto Silva, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP

Farmacêutica-Bioquímica, Mestre em Ciências, Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

Aurea Silveira Cruz, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

Pesquisador Cientifico VI, Doutora pela Universidade de Ciências Farmacêuticas – USP

Kazuko Uchikawa Graziano, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

Enfermeira. Professor Titular Sênior do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e Coordenadora Pedagógica do Curso MBA/CME – INESP

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Publicado

2017-04-04

Como Citar

Souza, R. Q. de, Bronzatti, J. A. G., Laranjeira, P. R., Mimica, L. M. J., Silva, C. B., Cruz, A. S., & Graziano, K. U. (2017). Avaliação da segurança do processamento de fresas intramedulares flexíveis Para cirurgia ortopédica. Revista SOBECC, 22(1), 17–22. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201700010004

Edição

Seção

Artigos Originais