Resíduos de serviços de saúde: perfil e análise de custos em um centro cirúrgico

Autores

  • Danielly Negrão Guassú Nogueira Universidade Estadual de Londrina.
  • Giovana Alves Santos Universidade Estadual de Londrina https://orcid.org/0000-0002-5586-4688
  • Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli Universidade Estadual de Londrina.
  • Valeria Castilho Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000030005

Palavras-chave:

Resíduos de serviços de saúde. Centros cirúrgicos. Custos e análises de custo

Resumo

Objetivo: Determinar o perfil de geração e mensurar os custos dos materiais utilizados no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde em
um centro cirúrgico. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa, na modalidade estudo de caso. O local foi o
Centro Cirúrgico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. A amostra estratificada foi de 1.120 cirurgias, e os resíduos foram pesados por
82 dias. Resultados: Os resíduos do Centro Cirúrgico representaram 6,38% do total hospitalar. O grupo mais representativo foi A-infectantes (50,62%).
A média de geração foi de 3,72 kg por cirurgia. A sala de operação foi o local que mais gerou resíduos (55,93%), e as cirurgias buco-maxilares as que mais
geraram resíduos, em termos de massa. O custo de um quilo foi: Grupo A (R$ 1,10), Grupo B (R$ 5,70), Grupo D Reciclado (R$ 0,96), Grupo D Não
Reciclado (R$ 1,01) e Grupo E (R$ 3,23). Conclusão: O custo total médio por cirurgia foi de R$ 8,641, e sua redução depende da negociação de compra
dos itens de consumo que tiveram maior representatividade nos custos.

Biografia do Autor

Danielly Negrão Guassú Nogueira, Universidade Estadual de Londrina.

Professora  do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina.

Giovana Alves Santos, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira residente em Enfermagem Perioperatória pela Universidade Estadual de Londrina.

Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli, Universidade Estadual de Londrina.

Enfermeira.Professora  Associada Universidade Estadual de Londrina

Valeria Castilho, Universidade de São Paulo.

Professora Livre-Docente da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo-USP. São Paulo

Referências

Karayurt Ö, Çömes S, Ceylan H. Cerrahi kliniklerde çevre dostu uygulamalar. (Eco-friendly practices in surgery clinic). Deuhyo Ed [Internet]. 2014 [cited 2019 Jan 10];7(4):337-44.Available from: http://www.deuhyoedergi.org/index.php/DEUHYOED/article/view/130/372.

World Health Organization. Safe management of wastes from health-care activities. 2nd ed. Geneva: WHO; 2013.

Weiss A, Hollandsworth HM, Alseidi A, Scovel L, French C, Derrick EL, et al. Environmentalism in surgical practice. Curr Probl Surg. 2016;53(4):165-205. DOI: https://doi.org/10.1067/j.cpsurg.2016.02.001

Brasil. Ministério da Saúde. RDC n. 322, de 29 de Março de 2018. Dispõe sobre as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências [Internet]. Brasília; 2018. [citado 2019 jun. 19]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n. 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos Serviços de Saúde [Internet]. Brasília; 2005 [citado 2019 abr. 10]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/ res05/res35805.pdf

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). Panorama de resíduos sólidos no Brasil [Internet]. São Paulo; 2016 [citado 2019 mar. 22]. Disponível em: http://www.abrelpe.org.br

Brasil. Presidência da Republica. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências [Internet]. Brasília; 2010 [citado 2019 fev. 22]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2010/lei/l12305.htm

Candan Donmez Y, Aslan A, Yavuz Vam Giersbergen M. Environment-friendly Practices in operating rooms in Turkey. J Nurs Res. 2019;27(2):e18. DOI: 10.1097/jnr.0000000000000296

Nogueira DNG, Castilho V. Resíduos de serviços de saúde: mapeamento de processo e gestão de custos como estratégias para sustentabilidade em um centro cirúrgico. REGE. 2016;23(4):362-74. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rege.2016.09.007

Maders GR, Cunha HFA. Análise da gestão e gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) do Hospital de Emergência de Macapá, Amapá, Brasil. Eng Sanit Ambient. 2015;20(3):379-88. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522015020000137607.

World Health Organization. Safe management of wastes from health-care activitie. 2nd ed. [Internet]. Geneva: WHO; 2014 [cited 2019 mar. 20]. Available from: http://www.searo.who.int/srilanka/documents/safe_management_of_wastes_from_healthcare_activities.pdf

Terekli G, Özkan O, Bayin G. Çevre dostu hastaneler: hastaneden yeşil hastaneye. (Environmental friendly hospitals: from the hospital to green hospital). ASHD [Internet]. 2013 [cited 2019 Jan 10];12(1):37-54. Available fro://dergiler.ankara.edu.tr/dergiler/28/1829/19255.pdf

Potera C. Strategies for greener hospital operating Rooms. Environ Health Perspect. 2012; 120(8):a306-a307. DOI: https://doi.org/10.1289/ehp.120-a306a

Kagoma Y, Stall N, Rubinstein E, Naudie D. People, planet and profits: the case for greening operating rooms. CMAJ. 2012; 84(17):1905-1911. DOI: https://doi.org/10.1503/cmaj.112139

Publicado

2020-10-07

Como Citar

Negrão Guassú Nogueira, D., Alves Santos, G., Maciel Cardelli, A. A., & Castilho, V. (2020). Resíduos de serviços de saúde: perfil e análise de custos em um centro cirúrgico. Revista SOBECC, 25(3), 151–158. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000030005

Edição

Seção

Artigos Originais