Análise das variáveis ambientais em salas cirúrgicas: fontes de contaminação

Autores

  • Herriét de Araujo Sevilha Enfermeira Residente da Marinha do Brasil.
  • Lívia Silva Julião Paiva Enfermeira da Vigilância Sanitária.
  • Vanessa de Brito Poveda Enfermeira. Doutora em Enfermagem.

Palavras-chave:

Salas cirúrgicas. Infecção hospitalar. Infecção da ferida operatória. Enfermagem.

Resumo

Objetivo: Analisar as variáveis ambientais que podem contribuir para a ocorrência de infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidos a cirurgias eletivas, em um hospital filantrópico. Método: Trata-se de estudo descritivo, observacional, transversal e com abordagem quantitativa, realizado entre 2011 e 2012. Resultados: Foram analisadas 23 cirurgias de diversas especialidades, com duração média de 54 minutos. As menores médias de temperatura e umidade do ar da sala operatória foram obtidas aos 140 minutos, com 21,3 °C de temperatura e 29% de umidade. Houve uma média de 5,69 pessoas em sala, sendo que a média de entradas e saídas foi de 4,34 pessoas. A porta foi aberta, em média, 12,6 vezes, e permaneceu aberta, em média, por 11,89 minutos. A touca, a máscara e o sapato foram utilizados de forma inadequada por parte dos presentes. Conclusão: Evidenciou-se que muitas atividades em sala de operação são realizadas de forma inapropriada, reforçando a necessidade de educação em serviço.

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Publicado

2014-09-30

Como Citar

Sevilha, H. de A., Paiva, L. S. J., & Poveda, V. de B. (2014). Análise das variáveis ambientais em salas cirúrgicas: fontes de contaminação. Revista SOBECC, 19(3), 123–128. Recuperado de https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/103

Edição

Seção

Artigos Originais